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Neuroplasticidade é a propriedade que as células nervosas possuem de transformar, de modo permanente ou pelo menos prolongado, a sua função e a sua forma, em resposta à ação do ambiente externo.
É a propriedade de reorganização do Sistema Nervoso, que é à base dos processos de memória e aprendizagem e das estratégias de reabilitação em casos de perda estrutural e/ou funcional por lesões. A aquisição de novos comportamentos pelo indivíduo ocorre na dependência da reorganização dos circuitos neurais. Há momentos do desenvolvimento, denominados períodos receptivos, em que a neuroplasticidade é maior em determinadas áreas do SN, o que facilita a aquisição de comportamentos que estão relacionados às funções daquelas regiões.
Há várias formas de plasticidade. A plasticidade pode ser regenerativa, que consiste no recrescimento de axônios após lesão e a plasticidade axônica e dendrítica que implica na reorganização, respectivamente, da distribuição de terminais axônicos e do número de dendritos e espinhas dendríticas em resposta a estímulos ambientais. Estas conexões são necessárias para a síntese protéica que contribuirá para modificações na estrutura das sinapses e para formação de novas conexões.
Esta plasticidade ocorre durante o desenvolvimento, principalmente nos períodos receptivos e também nos adultos, porém de forma mais limitada, estando relacionada ao estabelecimento de memórias e aprendizagem.
Existe também a plasticidade sináptica ocorre pelo aumento ou diminuição, prolongados ou permanentes, da eficácia da transmissão sináptica, constituindo a base celular e molecular de certos tipos de memória.