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Texto por Gastão Ribeiro
A Traumatização vicariante é um novo conceito que as pessoas que trabalham com combate a violência. O Trauma Vicariante é aquele que acontece pela exposição a histórias traumáticas de outra pessoa. Isso foi inicialmente estudado entre conselheiros, líderes religiosos e profissionais médicos trabalhando em países em guerra.
Apesar dos profissionais de ajuda nunca terem sido submetidos a um bombardeio, tiros ou ataque militar, escutar a mesma história várias vezes de seus clientes, pacientes ou membros da igreja causam o Trauma Vicariante. E isso parece ter um efeito cumulativo causando medo, raiva ou sofrimento emocional no indivíduo que escutou a mesma história várias vezes, apesar de, talvez, ele não ter sofrido o trauma inicial.
O trauma vicariante é resultado e processo do compromisso empático entre o paciente e o terapeuta do trauma, que lidando tão próxima e frequentemente com situações de intenso impacto emocional negativo, levam a que o próprio terapeuta experiencie situações traumáticas. Surgem respostas fisiológicas e tensões emocionais fora do comum perante o relato de situações traumáticas, sintomas de alerta crescente, fantasias, imagens e sonhos associados ao trauma e esforços para o evitamento de pensamentos/sentimentos relacionados com situações traumáticas, são alguns dos indícios de um possível trauma vicariante, a que um terapeuta deve atender.
Os exemplos mais comuns onde ocorre o Trauma Vicariante são: testemunhar um acidente de automóvel, ouvir um sobrevivente contar sua história a um desastre natural, ou a um trauma sexual, ou assistir a eventos horripilantes na televisão. Em nenhuma destas experiências a pessoa que está escutando ou assistindo está em perigo, mas mesmo assim, após ouvir ou assistir as experiências traumáticas de alguém elas ficam assustadas, têm lembranças perturbadoras ou pesadelos sobre o evento.